Qual é a importância da telemedicina cardiológica?

Se os antigos diziam que o mundo era pequeno, hoje pode-se dizer que ele ficou menor ainda — e o que é melhor: ficou mais rápido com a telemedicina!

Uma das atividades que reafirmam essa convicção de mudanças do mundo atual é a chamada telemedicina, que resumidamente significa o uso das modernas tecnologias de informação e comunicação no atendimento à saúde a distância, seja na atenção médica a pacientes, seja no apoio a profissionais.

Nesse contexto, uma das caracterizações mais apropriadas para a telemedicina é ser compreendida e utilizada como um modo excelente de universalização da assistência à saúde, desde que preservada a ética e assegurando-se uma boa relação médico-paciente.

O que é a telemedicina cardiológica?

A telemedicina cardiológica pode ser definida como uma prática da medicina a distância que se vale de recursos tecnológicos para a captação de imagens e a transmissão eletrônica de dados especificamente na área cardiológica.

Na prática, essa definição significa a utilização de equipamentos como eletrocardiógrafos digitais, que podem ser instalados em clínicas das mais variadas especialidades, em hospitais, prontos-socorros, empresas, etc. Conectados à internet, esses aparelhos transmitem os dados do eletrocardiograma (ECG) imediatamente após sua realização. Na outra ponta da telecomunicação, um cardiologista especialista examina os dados transmitidos e, em seguida, emite um laudo de avaliação na comunicação de retorno. Tudo praticamente em tempo real!

Quais são as vantagens da telemedicina cardiológica?

No caso do ECG digital, a inter-relação médico-paciente a distância praticamente resolve a questão do deslocamento de pacientes críticos, por exemplo. Além disso, por ser um exame fundamental em diversas condições clínicas, sua utilização a distância entre equipes médicas auxilia rapidamente na avaliação e na discussão de procedimentos, na definição de diagnósticos e também nas indicações terapêuticas.

Um ECG digital é uma solução perfeita para a interação entre cardiologistas especializados e médicos emergencistas ou clínicos, que muitas vezes estão localizados em regiões afastadas dos grandes centros.

O que dizem as estatísticas?

Dados da Organização Mundial da Saúde (OMS) apontam que as doenças cardíacas ainda são a principal causa de mortalidade no mundo, e só no Brasil ocorrem aproximadamente 300 mil mortes anuais decorrentes de problemas cardiovasculares — o que configura um problema de saúde pública.

Nesse cenário, a telemedicina pode ser uma ferramenta a mais no atendimento às pessoas em geral — e a indivíduos cardíacos, em particular. Sabe-se que até metade da população brasileira precisa se deslocar de um município a outro para realizar exames médicos, e a telemedicina em geral, assim como a telemedicina cardiológica em especial, pode melhorar essa realidade.

Quais são os resultados?

Na telemedicina cardiológica, um lado emitido a distância, além de poupar o paciente cardíaco do esforço físico de deslocamento até o local do exame especializado, pode antecipar ao médico atendente a observação de sinais clínicos que possam preceder um eventual infarto.

Dados sobre hospitais públicos que já utilizam equipamentos de ECG a distância revelam redução de até 30% na mortalidade por problemas cardíacos, por exemplo.

Também centenas de ambulâncias do SAMU (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência) equipadas com eletrocardiógrafos digitais já são responsáveis pela realização de milhares de ECGs em todo o país.

Em resumo, pode-se dizer que a telemedicina, ao mesmo tempo em que encurta distâncias e reduz gastos, aumenta as oportunidades de se fazer diagnósticos que salvam vidas.

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