As Evoluções da Telemedicina

Evolução da Telemedicina no Brasil e no mundo

Nos últimos anos, com a grande globalização e a consumerização de tecnologias, o aumento da necessidade de novas modernizações se tornou ainda maior. Não só no mundo dos negócios, mas na área da saúde e bem-estar também, tornando-se possível uma maior interação do médico para com o paciente, fazendo com que a evolução da Telemedicina se torne cada vez maior.

História da Telemedicina no mundo

A primeira informação do uso da Telemedicina, aconteceu na Europa, durante a Idade Média, quando as pragas devastavam o continente.

Com o elevado risco de contaminação, um médico teve a ideia de se isolar na margem oposta do rio que cercava o povoado, assim, se comunicava com um ajudante comunitário, auxiliando a população. O ajudante informava os sintomas ou a evolução da doença para o médico e o mesmo passava as orientações a ser tomadas.

Mas pode ser considerada como a história mais recente da evolução da Telemedicina a partir da invenção do estetoscópio eletrônico em 1910 pelo S. G. Brown, na cidade de Londres. Onde Brown, publicou um artigo chamado “A Telephone Relay”, no “Journal of the Institution of Eletrical Engineers”, descrevendo o desenvolvimento de amplificadores, receptores e repetidores que conseguiam transmitir sinais por cerca de 50 milhas.

Evolução da Telemedicina - Estétoscopio

Estetoscópio elétrico de Brown

Mas somente no século XIX, com a criação do telégrafo e da telegrafia, o uso da medicina à distancia aumentou significativamente, principalmente para o envio de laudos de exames de radiografia entre lugares diferentes.

Podemos usar como outro exemplo, o telefone: que foi usado por médicos no final do século XIX para a realização de trabalhos hospitalares. Além de conseguirem se comunicar através do telefone em lugares diferentes, outra utilização do telefone foi para a criação de redes de transferência de dados, através das linhas telefônicas.

Permitindo assim, a transmissão dos exames de ECG (eletrocardiograma) por exemplo, por meio de uma rede telefônica, um modem de computador ou um fax; técnica que já salvou vidas de pessoas na zona rural em casos de emergência.

O rádio também foi um grande aliado na evolução da comunicação à distância, onde no final do século XIX, a comunicação foi possível inicialmente pelo código Morse, e consequentemente, a voz. Com isso, contribuindo para a evolução da Telemedicina.

Registros relatam que durante a 2ª guerra mundial, no ano de 1946, o rádio foi utilizado para conectar os médicos que se localizavam nas estações costeiras aos médicos dos hospitais de retaguarda, buscando informações de apoio.

Na década de 60, o Hospital de Norfolk enfrentava muitas dificuldades semelhantes de hospitais que estavam localizados em áreas isoladas, como por exemplo: em ter pessoal especializado e em obter serviços que só estavam disponíveis para grandes centros médicos. Por isso, um sistema entre o NPI e o Norfolke State Mental Hospital foi criado, contendo uma comunicação de 24 horas por dia entre esses dois centros.

Tanto os pacientes quanto a equipe de Norfolk conseguiam interagir com a equipe do NPI. Esse novo programa, tinha como objetivos: melhorar o treinamento e a educação da equipe do hospital, melhorar o serviço aos pacientes etc. Com ele, foram obtidos vários benefícios, como por exemplo:

  • Atendimento semanal via TV por neurologistas: já que o hospital não tinha neurologistas em seus quartos, esse novo recurso trouxe a possibilidade de analises detalhadas via TV.
  • Consultas de psiquiatria infantil e fonoaudiologia que não eram oferecidas anteriormente.
  • Gerenciamento de vigilância, que foi considerado o melhor beneficio que o programa trouxe, melhorando não só a administração dos medicamentos mas também o gerenciamento dos pacientes.

Além disso, os pacientes conseguiam se comunicar com seus parentes através da TV, já que o deslocamento até o hospital era muito difícil; e foi a partir daí, que surgiu a videoconferência. Mas ela só conseguiu ter um grande avanço devido aos voos espaciais, que proporcionaram as primeiras funções médicas com o uso de vídeos, por meio dos experimentos da NASA no ano de 1960.

A Telemedicina ajudou a dar assistência aos astronautas que estavam em órbita, através de envios de sinais respiratórios, como: pressão arterial, ritmo respiratório, eletrocardiogramas, temperatura etc, diretamente para os centros espaciais na Terra, podendo ser monitorados pelos médicos da própria NASA.

No começo da década de 1970, a NASA começou uma parceria com alguns provedores de serviços médicos, possibilitando o desenvolvimento de um projeto chamado “Space Technology Applied to Rural Papago Health Care (STAR-PAHC)”, utilizando a melhor tecnologia e conhecimento humano existentes na época junto com um sistema de saúde computadorizado.

Mas, infelizmente depois de cinco anos do seu inicio, antes de ter atingido sua “maturidade” o sistema foi interrompido. Por isso, não pode chegar a conclusões concretas, mas puderam ver o quão importante é a Telemedicina na praticidade de deslocamento entre um local e outro.

Já na Europa, durante e década de 70, surgiu a transmissão de dados para diagnósticos. Podemos usar como exemplo, uma grande iniciativa da Groelândia em obter conexão com a Dinamarca para receber serviços de saúde.

Devido ao inverno rigoroso nesses países, havia um grande problema com a locomoção, e a Telemedicina se tornaria uma grande ajuda na área da saúde desses lugares, principalmente a monitorar pacientes idosos, facilitando significativamente o famoso “homecare”.

Só a partir do ano de 1993, a evolução da Telemedicina ganhou uma nova alavanca com a criação da ATA (American Telemedicine Association), localizada em Washington. Onde realizava alguns seminários frequentemente sobre a Telemedicina, além de ter um congresso anual para os associados.

Nos dias atuais, com o grande desenvolvimento da comunicação sem fio e a evolução dos smartphones, estão sendo realizadas algumas pesquisas sobre transmissão de imagem e vídeo através desses equipamentos, permitindo por exemplo, enviar ao hospital, exames de eletrocardiograma emergenciais de pacientes que estão sendo transportados na ambulância.

Evolução da Telemedicina - ECG ambulancia

Exame de eletrocardiograma sendo realizado  dentro de ambulância.

Evolução da Telemedicina no Brasil

As primeiras experiências com a Telemedicina no Brasil, deu-se inicio na década de 1990. Mas somente em 1994, iniciou-se a utilização dessa tecnologia pela empresa Telecardio, que realiza à distância exames de eletrocardiograma.

No ano de 1995, o InCor criou um serviço chamado de ECG-FAX, que oferecia a análise desses exames por médicos do próprio InCor, enviados por fax de outras cidades.

No mesmo ano,  foi iniciado um programa de videoconferência pela Rede Sarah, que unia toda sua rede de  hospitais para troca de informações clínicas. Mas somente no ano de 1996, tornou-se possível o monitoramento de pacientes a domicilio, através do “ECG-Home”, lançado pelo InCor. E a partir de 1998, passou a oferecer seu serviço de ECG através da internet.

Evolução da Telemedicina - Videoconferência

Videoconferência

No Recife, com a criação da empresa TeleSaúde, ofereceu um grande apoio à clínicas e tele-assistência (homecare). No Hospital Santa Cruz em Curitiba, nasceu o projeto de tele-educação e telepatologia, e o Hospital Sírio-Libanês, em parceria com o hospital americano “John Hopkins” em Baltimore – EUA, realizou a primeira telecirurgia.

Nesse mesmo período, o InCor passou a monitorar seus pacientes à distância, e o arquivamento de imagens e informações hospitalares, passou a ser arquivados em rede.

Nos últimos anos, houve uma grande evolução da Telemedicina no Brasil, onde com o incentivo governamental, possibilitou a formação de novas equipes e núcleos de pesquisas em várias universidades brasileiras.

Atualmente, já existem mais de 20 instituições que utilizam a Telemedicina no Brasil, como por exemplo: a Associação Brasileira de Telemedicina, e o Conselho Brasileiro de Telemedicina e Telessaúde, fundado no ano de 2002.

Conclusão

Atualmente, a Telemedicina está presente em muitas empresas e hospitais brasileiros, como por exemplo a empresa de Telemedicina Ventrix Health Innovation, que além de fornecer os serviços de laudo a distância, possui o equipamento de ECG (eletrocardiograma) totalmente portátil, e digital, possibilitando a realização de exames tanto de esforço como de repouso em qualquer lugar, sem a necessidade de uma conexão com a internet.  

Com isso, a facilidade aumenta muito, tanto para os pacientes em lugares distantes de grande centros urbanos, fazendo com que tenham a mesma atenção daqueles que possuem o hospital perto de suas casas, quanto para os próprios hospitais, diminuindo a superlotação em áreas emergenciais sem necessidade.

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