4 mitos e verdades da telerradiologia
A telerradiologia é a combinação de uma nova tecnologia com um serviço médico para produção de laudos. Consiste em uma transferência das imagens radiológicas de um paciente, tais como os raios-X, tomografias, ressonâncias e outros, do local em que o exame está sendo realizado para outro.
Isso permite que o médico especializado em radiologia possa oferecer seus serviços aos paciente mesmo quando fisicamente ausente. Essa tecnologia assume maior importância quando são necessários serviços de radiologistas subespecializados, que geralmente só são encontrados em grandes centros.
Neste texto vamos falar sobre mitos e verdades sobre a telerradiologia, e dizer por que ela é uma área da medicina tão promissora. Acompanhe!
Verdade: existe regulação do CFM sobre o assunto
Em dezembro de 2014 o CFM (Conselho Federal de Medicina) atualizou as normas que regulamentam a prática da telerradiologia no Brasil. Os dados mais importantes abordam, por exemplo, o consentimento do paciente, que deve dar autorização para a transmissão das imagens do seu exame. Além disso, junto com os exames de imagem devem ser disponibilizados os dados clínicos do paciente para o médico que vai elaborar o laudo.
O médico que vai receber os exames deve ser obrigatoriamente um especialista em radiologia com registro no CRM. Além disso, o profissional que vai realizar o exame deve possuir o título de especialista na área, sendo um solidário ao outro na responsabilidade sobre o exame.
O documento também versa sobre normas operacionais, limites para a prática a distância e áreas de atuação que são delimitadas.
Mito: não haverá adoção em larga escala
O número de radiologistas não cresce proporcionalmente à necessidade de exames — que é muito maior. Sendo assim, o setor de exames de imagens está cada vez mais sobrecarregado. Isso afeta o atendimento ao paciente, já que os prazos de entrega se tornam mais demorados, além de causar longa espera para realização do exame.
Outro grande problema são os pacientes que vivem em áreas remotas do país, onde encontrar profissionais capacitados nas subespecialidades da radiologia se torna tarefa difícil. Com isso, a demanda pela telerradiologia cresce cada vez mais, e sua prática vem aumentando rapidamente.
A maioria das imagens médicas já é obtida de forma digital, o que propicia ainda mais a adoção da telerradiologia e torna fácil sua adoção em larga escala.
Mito: telerradiologia não compensa para médicos
A telerradiologia é uma área extremamente promissora, tanto para os médicos especialistas quanto para os pacientes. Por meio da telerradiologia o médico tem mais flexibilidade de horários e pode trabalhar direto da sua casa ou da clínica (desde que essas tenham a estrutura necessária), além de ter um lucro direto sobre cada laudo realizado.
Verdade: é preciso estrutura para adotar a telerradiologia
É preciso ponderar pelo menos dois aspectos para a montagem de uma estrutura para a prática da telerradiologia. A primeira delas é a implantação de um sistema de PACS. Esse é um sistema de comunicação e arquivamento, que vai permitir a produção, o armazenamento e a distribuição das imagens radiológicas.
Esse sistema permite ao especialista realizar o laudo a distância, sendo necessária somente uma rede de internet. O que nos faz entrar no segundo aspecto: a necessidade de uma conexão de rede com altíssima qualidade e rapidez de desempenho.
A telerradiologia é mais do que uma forma inovadora de produção de laudos para exames médicos: é a solução para uma necessidade crescente de melhoria de processos e serviços em saúde.
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